domingo, 26 de setembro de 2010

A MENTE APAGA REGISTROS DUPLICADOS

Recebi este texto por e-mail e vou dividir com vocês. É muito legal! Boa leitura.
O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos..
Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio.... Você começará a perder a noção do tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:
Nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.
Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e, portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.
É quando você se sente mais vivo.
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.
Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.
Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas.Você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente. O cérebro já sabe qual marcha trocar, ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência. Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo.
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.
Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações, ... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... ROTINA.
A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.
Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo:M M - MUDE e MARQUE
Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos. Mude de paisagem, tire férias com a família, sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, para um lugar frio no ano seguinte e marque com fotos, cartões postais e cartas. Tenha filhos, eles destroem a rotina e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você, marcando o evento e diferenciando o dia. Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.
Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.
Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. Seja diferente.
Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos.. em outras palavras... V-I-V-A. !!!
Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.
E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.
Cerque-se de amigos. Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.
Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?
Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.
escreva em tamanhos diferentes e em cores diferentes! crie, recorte, pinte, rasgue, molhe, dobre, picote, invente, reinvente...
v i v a !!! v i v a !!! v i v a !!! v i v a !!! v i v a !!!


Por Airton Luiz Mendonça

(Artigo do jornal O Estado de São Paulo)

domingo, 19 de setembro de 2010

PLANO DE MARKETING PARA EMPRESAS DE CONTABILIDADE - PARTE 3

Hoje abordamos a terceira etapa do Plano de Marketing que diz respeito à formulação de Estratégias.
A missão, as metas e os objetivos da empresa definem aonde ela quer chegar. O desenvolvimento da estratégia é a parte do planejamento em que se determina como atingir as metas e os objetivos estabelecidos. A estratégia de marketing apresenta a abordagem ampla de marketing que será usada para atingir os objetivos do plano, ela é fundamental no processo. Esta ação envolve a escolha das principais direções para alcançá-las.
Segundo KOTLER, um plano de Marketing deve atender a cinco propósitos:
1. Explicar a situação atual e futura da organização;
2. Especificar os resultados esperados (as metas e os objetivos), de maneira que a organização possa antecipar sua situação no final do período de planejamento;
3. Descrever as ações específicas que devem ser adotadas, de maneira que possa ser atribuída a responsabilidade para cada ação;
4. Identificar os recursos que serão necessários para a execução das ações planejadas;
5. Permitir o monitoramento de cada ação e seus resultados, de maneira que os controles possam ser implementados. O feedback decorrente do monitoramento e controle fornecerá informações para o reinício do ciclo de planejamento para período seguinte.
Quais as principais estratégias que a organização vai seguir para atingir seus objetivos? A estratégia representa as forças amplas de marketing para atingir os objetivos do negócio. Para cada meta estabelecida deve ser elaborado um programa de ação bem detalhado. Por exemplo: você quer um mercado maior, no caso de uma empresa de contabilidade, aumentar clientes é uma de suas metas; como fazer isso, que ações devo fazer? Propaganda; qual o melhor veículo? Ou se sua meta é melhorar o portifolio de serviços visando uma melhor lucratividade: que ações fazer para que esse objetivo seja alcançado: Será que preciso melhorar a formação dos funcionários, dar treinamentos, cursos? Melhorar a remuneração? Melhorar a comunicação interna? A comunicação externa? É preciso descrever detalhadamente quais tarefas e ações serão executadas. Outro ponto: Quando será feito? É necessário definir datas. Quem fará? Definir os responsáveis pela ação/tarefa. Quanto custará? Será preciso detalhar os custos previstos com a ação/tarefa e justificativas. Qual o resultado projetado? Paralelo ao plano de ação é necessário que a empresa constitua um orçamento de apoio e ainda projete o resultado esperado.
E por fim faça o controle de Marketing.Delineada as estratégias agora se faz necessário os controles para monitorar o desenvolvimento do plano. O acompanhamento deve ser feito periodicamente (pode ser mês a mês, a cada trimestre...), assim a empresa pode analisar o andamento do projeto, monitorando os fatos positivos e negativos e fazendo ajustes no percurso quando necessário. Fazer um plano de ação corretiva para aprimorar a eficácia global do marketing da empresa.
É isso aí. Mãos à obra. Vale a pena. Sucesso!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

FALTAM HOMENS OU MULHERES ?

O post de hoje é um artigo que saiu na Folha de São Paulo de hoje dia 16 de setembro de autoria de Contardo Calligaris, é um artigo bem leve mas bem legal. O título original é: O nosso mal estar amoroso, mas eu achei mais apropriado o título acima, pois o artigo trata disso. Não vou trancrevê-lo na integra pois é meio longo mas colocarei as partes que mais gostei.
Ele começa dizendo sobre uma pesquisa do IBGE que mostra que no país, há 105 homens solteiros para cada 100 mulheres com o mesmo estado civil. Em cada estado a situação é diferente. Em Brasilia há mais solteiras que solteiros. No Rio dá empate e em Santa Catarina é o paraiso das mulheres (122 homens para 100 mulheres). De qualquer forma, no Brasil como um todo, é impossível afirmar que "faltam homens no mercado" (será?) A Folha de São Paulo em 09/09/10 entrevistou algumas mulheres:  "pouco importa que haja mais homens do que mulheres, o problema é que os homens, depois de um encontro ou dois, dão um chá de sumiço. Ou seja: eles só querem "pegação". Mas um outro leitor protestou sobre isso, segundo ele, quem não quer nada sério são as mulheres, que sáo fúteis e fáceis, salvo quando o homem começa a conversar sobre algo sério, aí elas dão o tal chá de sumiço.
Em suma, faltam homens ou mulheres? E, sobretudo, numeros à parte, quem está querendo só pegação: os homens ou as mulheres? Segundo o autor ele acredita na queixa dos dois genêros. Resta entender segundo ele, como é possível que a maioria tanto dos homens quanto das mulheres sonhe com relacionamentos fixos e duradouros, mas encontrem quase sempre parceiros que querem apenas brincar por uma noite ou duas. Se homens e mulheres querem namorar firme, como é que eles não se encontram?
Homens e mulheres desistem da laboriosa construção de afetos nobres e duradouros para satisfazer "nossa vergonhosa" sede de prazeres imediatos. Os ditos prazeres êfemeros frustam, e voltamos de nossas baladas lamentando a falta de afetos profundos e eternos. Obviamente, esses afetos não podem vingar se passamos nosso tempo nas baladas, mas os homens preferem dizer que é por culpa das mulheres e as mulheres, que é por culpa dos homens: são sempre os outros que só querem pegação.
De fato, não acho que sejamos especialmente hedonistas. E o hedonismo não é necessário para entender o que acontece hoje entre homens e mulheres. Tomo por exemplo o exemplo de um jovem com quem conversei recentemente, diz o autor:
1- Com toda sinceridade, ele afirma procurar uma mulher com quem casar-se e constituir uma família.
2- Quando encontra uma mulher que ele preze, o jovem sofre os piores tormentos da dúvida: será que ela gostou de mim? Por que não liga, se ontem a gente se beijou? Por que ela leva tanto tempo para responder uma mensagem?
Essa mistura de espera frustrada, com desilusão é, em muitos casos, a razão de seu pouco sucesso na procura de um amor, pois, diante das mulheres que lhe importam, ele ocupa, inevitavelmente, a posição humorística da insegurança insaciável: "Tudo bem, você gosta de mim, mas gosta quanto, exatamente?" Se uma mulher se afasta dele por esse comportamento, ele pensa que a mulher só queria pegação.
3- Quando, apesar dessa dificuldade, ele começa um namoro com uma mulher de quem ele gostou e que também gostou dele, muito rapidamente ele "descobre" que, de fato, essa nova companheira não é bem a mulher que ele queria.
4- Nessa altura o jovem interrompe a relação, que nem teve tempo de se transformar em namoror, e a mulher interpreta a ruptura como prova de que ele só queria  pegação.
Esse padrão de comportamento amoroso pode ser masculino ou feminino. Ele é típico da cultura urbana moderna, em que cada um precisa desesperadamnete, do apreço e do amor do outro, mas, ao mesmo tempo, não quer se entregar para esse outro cujo amor ele implora.
Em suma, "ficamos" e "pegamos", mas sempre lamentando os amores assim perdidos, ou seja, procuramos e testamos ansiosamente o desejo dos outros por nós, mas sem lhes dar numa chance de pegar e prender as nossas mãos. esse é o roteiro padrão do nosso mal estar amoroso.
Para quem gosta de diagnóstico, é um roteiro que tem mais a ver com uma histeria sofrida do que com o hedonismo.
É isso aí... Até o proximo post.