sábado, 21 de abril de 2012

DOIS QUINTOS DOS INFERNOS



 Este texto foi escrito pelo meu amigo professor Emerson Lemes, lembrando o nosso herói  Tiradentes! Uma boa leitura para esse nosso feriado.
Durante o século XVIII, o Brasil-colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Como todo colonizador, Portugal extraía o melhor que suas colônias poderiam lhe dar, sempre em forma de tributo. No caso da colônia sul-americana, esta tributação incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país, e correspondia a 20% dessa produção. Esta taxação altíssima, absurda, foi denominada "O Quinto", e incidia, principalmente, sobre a produção de ouro. Vale lembrar que a região das Minas Gerais era a grande produtora de ouro, o que lhe deu este nome. O Quinto era tão odiado na época que foi apelidado de "O Quinto dos Infernos", dado ao seu custo altíssimo. Daí a origem desta expressão. Aprendemos no ensino fundamental, nas aulas de História do Brasil, que Portugal quis, em determinado momento, cobrar os "quintos" atrasados de uma única vez – no episódio conhecido como "A Derrama". Isto revoltou a população, gerando o movimento conhecido como "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante no enforcamento do Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
Ao contrário do que ensinam os livros escolares, a Inconfidência Mineira foi um movimento Separatista: previa a independência apenas das Minas Gerais e pretendia a anexação do Espírito Santo, visando uma saída para o mar.
Apesar dos livros escolares ainda nos apresentarem um Tiradentes-herói, hoje se sabe que ele, junto aos demais inconfidentes, foi um dos maiores contrabandistas de ouro daquela época. Mas, o curioso é que ele contrabandeava justamente para fugir dos altos tributos cobrados pela coroa portuguesa! Afinal, quem agüenta um imposto de 20% do PIB?
Esta história me faz pensar no presente. A carga tributária brasileira já passa de 38% do PIB. Praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção. Calcula-se que nossa capacidade tributária é de 24% do PIB; ou seja, estamos arcando com um peso muito maior do que suportamos carregar. Segundo o economista Emerson Kapaz, do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, por não agüentar uma taxa tributária tão alta, o empresário brasileiro está partindo cada vez mais para a informalidade, para uma situação de desobediência civil. "O governo aumentou os impostos de novo? Não tem problema, eu não vou pagar". Esta é a reação de muitos empresários, hoje.
Nada diferente do que fazia o alferes Tiradentes e seus companheiros, quando contrabandeavam o produto do país, para fugir do Quinto dos Infernos. A diferença entre os dias de Tiradentes e nossos dias é que naquele tempo uma voz ergueu-se, e lutou pelo fim do imposto absurdo, sendo levado à morte por este ideal. Hoje, a carga tributária é o dobro daquela da época da Inconfidência Mineira, ou seja, pagamos hoje Dois Quintos dos Infernos. Só precisamos encontrar um novo Tiradentes...
 Bom feriado a todos!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

EMPRESAS BUSCAM PROFISSIONAIS DE CONTABILIDADE

Abrindo hoje o jornal Folha de Londrina me deparo com essa reportagem tão importante para os estudantes de Ciências Contábeis,  mostrando que o mercado de trabalho para esse segmento está super aquecido.
A reportagem começa dizendo o seguinte: " Pesquisa constata que quase metade dos estabelecimentos brasileiros deve aumentar o numero de contadores até o final deste semestre". Isto faz com que aumente a nossa responsabilidade como  professores de contabilidade. E aos alunos compete cada vez mais aumentar a sua qualificação. Não basta ficar apenas nas carteiras da Universidade é preciso muito mais que isso. O mercado está aquecido mas ele exige também  profissionais cada vez mais qualificados.
A reportagem fala o seguinte: " A expansão dos negócios,  como a inserção das empresas brasileiras  nos mercados externos, o aumento de empresas com ações negociadas nas bolsas e a atualização  de sistemas financeiros têm aberto perspectivas interessantes para os profissionais de contabilidade. É o que revela uma pesquisa feita pela Robert Half com 2.528 executivos em 19 paises. O Brasil é o terceiro da lista, atrás apenas de China e Emirados Árabes. O levantamento constatou que quase metade das empresas brasileirasdeve aumentar suas equipes de finanças e contabilidade ainda no primeiro semestre deste ano, segundo a pesquisa. Com a ampliaçãodas oportunidades de trabalho, as Ciências Contábeis passam por um momento favorável e ganham um novo status: nos ultimos dois anos o setor de finanças e contabilidade apresentou as maiores valorizações salariais.
Londrina parece seguir de perto a tendência do mercado pelo menos é o que apontam entidades e profissionais da área. A região é composta por 58 municipios filiados ao Conselho Regional de Contabilidade do Paraná, que agrega 622 escritorios de contabilidade. Atualmente entre contadores e técnicos em contabilidade a região conta com 2,4 mil profissionais. Uma das razões da configuração atual do mercado são as alterações promovidas pela Lei 10.638/2007 que faz um alinhamento com as normas internacionais de contabilidade. Isso veio a exigir mais conhecimentos por parte do contador. Outro fator é que o fisco se modernizou com exigências eletrônicas o que ocasionou uma reciclagem obrigatória dos contadores e o cerco se fecha para as empresas que agora mais que nunca precisam dos profissionais contábeis".
Sempre orientamos nossos alunos  que além da faculdade eles precisam ter um diferencial: Atualização constante das leis, conhecimento profundo de informática e dominar linguas estrangeiras principalmente visando o trabalho em multinacionais. Fazer estágio também é muito importante.
Preparem-se... O sucesso será consequencia disso. 
Até o proximo post!