terça-feira, 29 de junho de 2010

PLANO DE MARKETING PARA EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS – PARTE 1

Eu começo o post de hoje com um diálogo encontrado no livro de Lewis Carrol: Alice no país das maravilhas, onde Alice está perdida, encontra o gato e aí acontece este diálogo:
"Pode me dizer, por favor, qual é o caminho para sair daqui?, perguntou Alice ao Gato. Isso depende muito do lugar para onde você quer ir, respondeu o gato" .
A gestão de uma empresa de serviços contábeis deve começar com planejamento, para não se perder.... Pois assim como quaisquer outras, têm necessidade de possuir um processo formalizado de planejamento.
Planejamento é uma das funções de administração que é essencial para o bom desempenho da empresa. Planejar é pensar antecipadamente as ações que se desenvolverão em tempo futuro.
Já falamos neste espaço sobre o conceito de Marketing, que é o conjunto de atividades humanas que têm como fim facilitar e consumar as relações de troca.Desenvolver novos mercados.Desenvolver novos produtos ou novas aplicações para produtos já existentes.Divulgar a empresa, a marca, os produtos e os serviços.Realizar as vendas e prestar assistência pós-venda aos clientes.
Este conceito é geral, agora é preciso colocá-lo em prática na empresa contábil.O primeiro passo para começar, é fazer um planejamento de Marketing, o qual tem por finalidade fazer com que todos na empresa sigam na mesma direção e na mesma velocidade. Tem como principal vantagem a responsabilização de toda a organização pelo cumprimento de objetivos claros e precisos. O plano de Marketing é um relatório ou documento que expõe as informações detectadas no processo de planejamento da organização.
"Planejamento de Marketing é um processo de intenso raciocínio e de coordenação de pessoas, informações, recursos financeiros e materiais cujo foco central é a verdadeira satisfação do consumidor" (AMBROSIO & SIQUEIRA).
O planejamento da organização se divide em três estágios: Análise do Ambiente, Formulação de Metas, Formulação de Estratégias.
Hoje abordaremos apenas a primeira etapa. A análise do Ambiente. Isso implica em se avaliar o ambiente interno e externo da empresa. Ao analisar o ambiente interno é preciso destacar os pontos fortes e fracos da empresa prestadora de serviços contábeis. No ambiente externo serão identificadas as ameaças e oportunidades.
Essa  primeira etapa é fundamental para o sucesso de um plano de Marketing. É uma tarefa difícil, mas importantíssima, pois conhecer o ambiente onde você atua estabelece os alicerces sobre os quais serão desenvolvidas todas as estratégias. Quanto mais a empresa souber das próprias competências e melhor entender o ambiente em que atua, mais capacitada ela vai estar para prever com maior probabilidade de acerto os cenários futuros e os resultados.
No conhecimento do ambiente externo, as empresas contábeis deparam-se com algumas ameaças:

  •  A falta de conhecimento pelos usuários da contabilidade sobre as vantagens dos serviços prestados;

  • Mudanças constantes de leis;

  • Muitos concorrentes no mercado sem uma boa qualificação, oferecendo serviços a preços baixos;

  • Falta de interesse do cliente pelos serviços de contabilidade, etc.
E também com algumas oportunidades:

  • O crescente número de empresas abertas no Brasil, todas elas necessitando de um profissional contábil;

  • A fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade;

  • A legislação brasileira que ampara os profissionais de contabilidade como fornecedores exclusivos de serviços contábeis, etc.
Conhecendo o Ambiente será possível ir para a etapa seguinte que é a Formulação de Metas... Assunto do próximo post. Ate lá !

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O AMOR ESTÁ NO AR!

Junho mês dos namorados! O amor paira no ar! E antes que o mês chegue ao fim quero postar um texto para pensar sobre esse sentimento.  Sobre relacionamentos afetivos, não apenas relacionamento homem/mulher mas também outros relacionamentos: amigos, familia,etc. É um artigo escrito pela psicologa e terapeuta Margaret Alves. Ela começa dizendo o seguinte: Outro dia li a história de um terapeuta americano. Ele contava sobre sua esposa de muitos anos, que teve um diagnóstico de câncer no ovário. Ela ficara sabendo que teria menos de um ano de vida e decidira viver, independente do que acabara de ouvir. E eles ficaram juntos, aprendendo a amar das mais profundas maneiras, e cresceram um tempo que se transformou em cinco anos. Eles combateram o bom combate. A esposa pediu a ele que fizessem terapia. Disse que o amor que tinham um pelo outro era maravilhoso, que o apoio que ela recebia dele permitia continuar a lutar pela vida. Mas que eles precisavam de ajuda para permanecer "despertos um para o outro" O que aconteceu com este amor? Será que esse sentimento que encontrávamos com tanta frequência nos casais do século passado se extinguiu? O que os nossos jovens e adolescentes tem buscado nos seus namoros? Como fazer para que esta geração possa resgatar a essência das relações duráveis e não o " seja eterno enquanto dure"? "O amor é paciente, é bondoso; o amor não arde em ciumes, não se orgulha, não é soberbo, não se porta com indecência, não busca seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade; tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta". I Coríntios 13: 4-7.
Em um dos seus livros, o psiquiatra Irvin Yalom conta a história de uma paciente que tinha um relacionamento difícil com o pai. Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem. Durante o trajeto, o pai, que estava na direção comentou sobre a sujeira e degradação de um córrego que acompanhava a estrada. A garota olhou para o córrego do seu lado e viu aguas límpidas. E teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavra. Muitos anos depois, esta mulher fez a mesma viagem, pela mesma estrada, desta vez com uma amiga. Estando agora ao volante, ela surpreendeu-se: do lado esquerdo o córrego era realmente feio e poluido como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista. E uma tristeza profunda abateu sobre ela por não ter levado em consideração o então comentário do seu pai, que a esta altura havia falecido. Isso acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. É preciso despertar para dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho. Dependendo de onde se esteja posicionado, a razão pode estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar. Só possuindo uma visão de 360 graus para nos declararmos sábios. E a sabedoria recomenda que falemos menos, que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos, pois todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto da análise. É o triunfo da dúvida. O namoro, como tantas outras relações funciona para isso. Aprendermos a olhar par o outro com amor, tolerância e compreensão. Descobrir que o diferente é bom e pode ser complementar. O que para uns é deficiência, para outros pode ser eficiência. "Seja quem você é e diga o que você sente, porque os que se incomodam não importam e os que importam não se incomodam".
Beijos a todos!!!

terça-feira, 22 de junho de 2010

VOLUNTARIADO: AÇÃO SOCIAL QUE DÁ EMPREGO

Voluntariado: Ação social que dá emprego.Esse foi o título de uma reportagem da Folha de Londrina de ontem. Achei-a importantíssima no quesito: Mercado de Trabalho. Muitas vezes a participação em projetos sociais abrem portas e não apenas isso, mas torna a pessoa mais humana e solidária e ainda traz outros inúmeros benefícios. Vejamos os listados pela reportagem:
  • Observa-se que os colaboradores que praticam o voluntariado são pessoas que mantém melhores relações sociais no ambiente de trabalho.
  • O indivíduo torna-se mais assertivo. Aprende como expor seus pensamentos, seus anseios, sua satisfação e insatisfação de forma adequada tanto na voz quanto na postura ou nos gestos. Isso aumenta a possibilidade de conseguir o que se quer e a se posicionar melhor frente aos colegas.
  • Em caso de um empate na hora da contratação entre um candidato e outro, a experiência de voluntariado pode ser o diferencial de desempate que garantirá a vaga.
O voluntariado é uma atividade espontânea, alegre, prazeirosa, gratificante. O voluntário doa sua energia tempo e talento, mas ganha muitas coisas em troca: contato humano, convivência com pessoas diferentes, oportunidade de viver outras situações, aprender coisas novas e a satisfação de se sentir útil.
Todos podemos ser voluntários mesmo quando não se conhece o ofício. A colaboração em áreas distintas a de sua competência pode abrir novas experiências e vivências.
Que tal sermos um voluntário?


sábado, 19 de junho de 2010

MOTIVAÇÃO PESSOAL

Em um das passagens do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carol, Alice está perdida e trava uma conversa com o gato: “Pode-me dizer, por favor, qual é o caminho para sair daqui”?, pergunta Alice ao Gato. “Isso depende muito do lugar para onde você quer ir”, responde o Gato. (Lewis Carroll: Livro: Alice no País das Maravilhas)
Hoje abordo um tema fascinante: Como ser melhor! Parece petulância, mas não é. Todos nós queremos isso e às vezes não dedicamos um tempo para refletir e criar ações nesse sentido. O artigo de autoria de Marcos Augusto da Silva Braga, foi extraído do site http://www.sermelhor.com
Quando pensamos sobre a concepção de um projeto pessoal de vida temos que ter em mente dois verbos: o fazer e o ser e podemos incluir ainda um terceiro verbo: o ter, ou seja, o que fazer para ser o que queremos e ter o que queremos.
Um projeto começa com um desejo de estar melhor, uma noção difusa, que não define como; para realizá-lo é preciso ter clareza para onde se quer ir, construindo uma estratégia para poder atingir, porém a realização é limitada pelas crenças e paradigmas pessoais. Para acontecer uma ação bem sucedida é preciso ter disciplina e dedicação.
Uma pessoa interessada em criar um projeto pessoal de vida, seja para escolher uma carreira profissional, mudar de emprego ou aprimorar suas habilidades, precisa seguir algumas premissas: é necessário sentir que precisa mudar; que é vantajoso mudar; que é possível mudar; e que chegou a hora de mudar. Após a definição de que haverá mudança, é preciso apreender o sistema de crenças pessoais, ou seja, entender as crenças, as verdades subjetivas, o que influi na forma de sentir e agir. As crenças existem para a sobrevivência do sujeito, são sistemas lógicos (ou pretensamente lógicos) gerados numa estrutura mental, as crenças mais significativas se instalam no período da infância, da formação estrutural do sujeito. Muitas crenças são irracionais, fantásticas, mágicas, não sendo fundamentada em fatos, mas por estarem ligadas ao campo emocional, acabam tendo influência quase que absoluta no nosso modo de pensar, sentir e agir. O sistema de crenças tem por finalidade evitar a dor,o sofrimento, o perigo; buscar o prazer (físico, de realização psicológica ou estético); e proceder julgamentos primitivos como bom (carinho, calor, prazer) ou ruim (frio, dor, ausência de carinho).
Não existem pessoas sem sistemas de crenças, porém muitas crenças agem de forma a limitar o sujeito, ou melhor, agem contra a pessoa, como por exemplo, podemos citar as crenças catastróficas: problemas não escolhem hora nem lugar, escolhem você; se algo tiver que dar errado, dará. (a famosa Lei de Murphy). Assim, a questão é definir que crenças queremos ter. Mudar crenças é mudar a forma de se pensar, e isso não é nada fácil, é preciso ter dedicação e perseverança e muito planejamento estratégico para desenvolver um sistema de crenças que façam mais sentido para a forma como se quer viver. Os fatores que determinam o sucesso são o entusiasmo, o fazer por prazer, dedicação, empenho, persistência, atitude positiva, otimismo, bom humor, inovação, autenticidade, simplicidade, decisão ágil, ação efetiva, comunicação eficaz e, principalmente, ter clareza para onde se quer ir e como chegar, além de desenvolver os meios para atingir o compromisso consigo. Os fatores que impedem o sucesso são o negativismo, pessimismo, abatimento, baixa auto-estima, insegurança, inibição, omissão, medo de correr riscos, perfeccionismo (medo de errar), mentiras, trapaças, tramóias e mau humor.
A atitude construtiva para o desenvolvimento da estrutura do pensamento estratégico é a reciclagem da imagem (romper com o passado de insucesso), desenvolver competências (continuamente), evitar a busca frenética de resultados (falsa produtividade), assumir e cumprir compromissos (evitar justificativas), controlar a soberba (evitar atitude presunçosa), vencer a inveja (foco produtivo), ser polido, usar a cortesia (evitar impulsividade), participar, interessar-se pelos outros, saber ouvir, expor, pedir e negar.
Qualquer pessoa que queira crescer, em qualquer nível da vida, deve lembrar que os significados do que acontece ou aconteceu, daquilo que se colocam nos caminhos da vida, depende de como se olha para esses fatos. O passado é aquilo que se acredita que ele foi e não aquilo que talvez ele tenha sido, por isso mudar a linguagem (o pensamento) possibilita experimentar novos modos de sentimentos e significados.
Vamos em frente? Até o próximo!








sexta-feira, 18 de junho de 2010

COPA DO MUNDO

Realmente uma Copa do Mundo mexe conosco. Queremos ver os jogos, conferir resultados, torcer pela queda dos adversários, dar mil palpites nas escalações. Enfim é uma época única. E quando o Brasil joga é motivo de festa. Reunião com família, com amigos. Comida. Bebida. Gritos.É tudo de bom. 
No primeiro jogo do Brasil... o jogo não foi lá essas coisas...mas a festa...
Eu não conhecia a história da Copa. Sei que muitos de vocês já conhecem, mas para aqueles ou aquelas que como eu desconheciam ...
História da Copa do Mundo FIFA
A Copa do Mundo de Futebol da FIFA iniciou em 1928, quando Jules Rimet decidiu criar um torneio internacional. A primeira competição ocorreu em 1930, tendo a participação de 13 equipes convidadas. Com o crescimento da competição, hoje é necessário passar por uma etapa classificatória de dois anos de duração, que conta com a participação de aproximadamente duzentas seleções de países, para participar do campeonato.
Em 1914, a FIFA reconheceu as competições de futebol dos jogos olímpicos como campeonatos mundiais de futebol amador, e passou a ficar responsável pela organização do evento. Isso possibilitou a oficialização do futebol nos Jogos Olímpicos de Verão de 1920, onde o torneio foi vencido pela Bélgica. O Uruguai foi campeão em 1924 e 1928, ano em que a FIFA decidiu organizar seu próprio campeonato. Devido aos dois títulos olímpicos e à comemoração do centenário da independência, o Uruguai foi eleito sede da primeira Copa do Mundo.
O comitê organizador dos Jogos Olímpicos não queriam mais, incluir o futebol na competição, devido à sua baixa popularidade nos Estados Unidos. A FIFA e o Comitê Olímpico Internacional também divergiam a respeito da definição de "atleta amador" e, então, o futebol ficou fora dos jogos.
Então, o francês Jules Rimet criou a primeira Copa do Mundo, em 1928, após ter assumido o comando da instituição mais importante do futebol mundial: a FIFA (abreviação de Federation International Football Association).
A competição foi realizada em 1930, no Uruguai, convidando um grupo de visionários administradores futebolísticos franceses, liderado na década de 1920 pelo inovador Jules Rimet, que teve a idéia original de juntar as melhores seleções de futebol do mundo para lutar pelo título de campeões mundiais. A taça de ouro original levou o nome de Jules Rimet e foi disputada três vezes nos anos de 1930, antes da Segunda Guerra Mundial interromper o campeonato por doze anos. Foram escolhidas treze seleções previamente selecionadas pela FIFA para participar do evento sem disputa de eliminatórias. As treze equipes foram sete da América Latina (Uruguai, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Peru), quatro da Europa (Bélgica, França, Iugoslávia e Romênia) e duas da América do Norte (México e Estados Unidos).
A escolha do Uruguai como sede constituía um obstáculo à participação de equipes européias, devido à longa jornada através do Oceano Atlântico, à época realizada em navios. A Seleção Uruguaia sagrou-se campeã e pode ficar, por quatro anos, com a taça Jules Rimet.
Até amanhã!








terça-feira, 8 de junho de 2010

ETICA DA PERFEIÇÃO E CONTABILIDADE

O dia de hoje é de luto para a classe contábil brasileira com  a perda de um dos seus ícones. O Brasil perde com o intelectual, o filósofo e historiador respeitado, a meu ver o maior cientista contábil que o Brasil já teve, o ilustre Professor Contador ANTÔNIO LOPES DE SÁ. Me considero uma privilegiada por ter desfrutado de sua amizade e de tido a oportunidade de apreciar e aprender com suas palestras nos mais importantes eventos da classe contábil. Hoje somente tristeza e saudades. Concordando com o que está no site do CFC:  " Na centena de livros e milhares de artigos publicados; nos trabalhos impregnados pela marca do seu gênio; deixa-nos o pranteado líder e criador de doutrinas um patrimônio de valor inestimável; para ser explorado e levado a crédito das futuras gerações de profissionais da Contabilidade".
Como uma singela homenagem quero neste espaço postar um dos seus inúmeros artigos:
ETICA DA PERFEIÇÃO E CONTABILIDADE
A busca de uma perfeição, através do conhecimento, foi uma característica do Renascimento .
O século XV, trouxe, inquestionavelmente, ao mundo, um estágio de civilização preocupado com a melhoria do homem .
A Contabilidade também beneficiou-se disto, com o aparecimento da obra de Luca Pacioli, egressa de um ser humano que trabalhou tanto na área do aperfeiçoamento que também escreveu «As divinas proporções» (sobre Luca Pacioli ver nosso livro Historia Geral e das Doutrinas da Contabilidade, Editora Atlas) .
A ligação intelectual entre Leonardo Da Vinci e o frei das Partidas Dobradas, a ambos beneficiou porque os uniu no mesmo ideal de perfeição .
O retorno da filosofia de Platão, o avanço nas conquistas da geometria, a maior penetração do mundo artístico, ajudaram o progresso humano de forma expressiva , sempre somando para buscar o melhor .
Uma «Ética da Perfeição» parecia ser a constante entre os lideres intelectuais da época e disto todos nós, até nossos dias, nos beneficiamos .
Qual, todavia, na atualidade, seria o posicionamento dentro de tal ótica ?
Teria o homem alienado sua forma subjetiva de pensar em face da mídia eletrônica, dos amplos recursos tecnológicos desse século que expira ?
Deveríamos nós, contadores e técnicos em Contabilidade, ceder à essa euforia do individualismo grosseiro que dominou o próprio mundo dirigente de hoje, em quase todas as partes do mundo ?
A decadência do socialismo soviético e o canibalismo do capitalismo imperialista, mostram-nos extremos de fracassos políticos em termos éticos e morais, no campo da sociedade em que nos inserimos ; como comportar diante de tudo isto ?
Que tipo de perfeição seria a exigível ?
Poderíamos falar de uma Ética Profissional preocupada com a «perfeição»?
Existiria uma «perfeição» do século XV e uma outra do século XX ?
A consideração dessa matéria, observada sob o prisma do Homem, como Ser, parece-me exigir, sem dúvida, a fixação de duas premissas preliminares e essenciais.
A primeira, relativa ao conceito de «Perfeição» e a segunda, ao conceito de «Ética» .
Não me parece lógico falar-se de uma «Ética da Perfeição» sem uma plena compreensão dos conceitos que abrange .
Aristóteles viu na perfeição ângulos distintos , ou sejam 1) o que se relaciona a fazer-se o que não pode ser ultrapassado, 2) ao que consegue executar um fim ideal e o 3) tão especial que nada a ele se compara .
Como pai de uma Ética que até hoje tem sua rara influência no campo do comportamento humano, o sábio grego conseguiu lançar fundamentos conceituais que ainda nos parecem inalteráveis .
Outros grandes pensadores buscaram outras faces dessa verdade e Tomás de Aquino, ainda com influência aristotélica, chegou a distinguir a Perfeição em : 1) o que é por si essencialmente perfeito e 2) aquilo que se avizinha ao máximo de um fim ideal que se toma como perfeito .
Kant não se distanciaria muito do que o grande filosofo católico estabelecera e assim, até nossos dias, continuamos a entender o «perfeito» sob tais dimensões .
Essa integridade, esse compromisso de se realizar o que é mais próximo de um fim determinado, parece ser o conceito relativo de perfeição que se pode atribuir ao homem .
E qual seria o fim em uma atividade profissional , especialmente no campo da Contabilidade em um mundo contaminado pela corrupção, pela violência, pela ambição e por um exacerbado desejo de Poder ?
Em minha forma de entender admito, como já o admitia Buda, há 2.500 anos atrás, que devemos viver no mundo sem obrigatoriamente estarmos de acordo com ele .
Ou seja, se muitos praticam defeitos e vícios, não significa que devamos seguir tal forma de proceder .
Como lecionou o filosofo oriental referido, «podemos viver entre ladrões e criminosos sem sermos ladrões e criminosos» .
Entendo que quatro atributos do espírito devem ser evocados quando se fala de uma conduta profissional, de um fim ideal a ser alcançado e eles são os do 1) amor ao que se faz e para quem se faz , 2) conhecimento racional e profundo do que se exercita, 3) trabalho ativo e concentrado no que se executa e 4) permanente reflexão sobre a coisa executada ou aquela a ser ainda realizada .
A conduta dimanada de uma vontade consciente do homem indica a sua qualidade no campo ético e assim entendo a Ética (ver nosso livro Ética Profissional, Editora Atlas) .
Quando essa qualidade se inclina para a virtude, para a Perfeição, completa-se o ciclo e nos autoriza a afirmar que se cumpre a «Ética do Perfeito» .
Isto porque : é da natureza do «perfeito» produzir a «perfeição» .
É preciso, ainda, no campo contabilístico, ter em mente que nossa disciplina está a serviço do homem, do social e que embora tudo seja evolutivo, não seria racional incluir, em suas transformações, a deformação da virtude, como efeito do progresso .
Nossa meta está em associar os interesses da célula social (empresa ou instituição) aos interesses maiores das comunidades humanas, dentro de uma hierarquia de vizinhanças (a cidade, a província, o país, etc.) .
Possuímos sérias responsabilidades para com a Sociedade, para com a Pátria, para com a Humanidade , mas, nosso cuidado primeiro, deve iniciar-se pela empresa, pela instituição, em nosso compromisso virtuoso com a mesma .
Social não quer dizer, para mim, o mesmo que «Estado» e nem o interesse dos que o dirigem, mas, essencialmente ao que se refere ao coletivo humano , ao comunitário e que nem sempre tem os mesmos anseios e necessidades que o da esfera dirigente .
Cada vez mais a Contabilidade transcende os limites individuais para tornar-se um conhecimento que milita em favor do holístico, embora nossa esfera de ação seja, ainda, a azienda, a célula .
Esta a conclusão de minha Teoria das Funções (ver sobre o assunto o meu livro Teoria da Contabilidade, editora Atlas) quando enuncio que sendo a Contabilidade a ciência competente para tornar racional o uso da riqueza, na satisfação das necessidades das células sociais, a sociedade só estará em equilíbrio, quanto ao bem estar material dos homens , quando todas as células também o estiverem ; daí a responsabilidade na aplicação de nosso conhecimento dentro de um grande fim, de um grande ideal .
Se estivermos conscientes de que nosso papel é o de orientar racionalmente as empresas a conseguirem comportamentos patrimoniais eficazes, para elas, para o todo, estaremos praticando uma conduta sadia, estaremos praticando a Ética da Perfeição através da Contabilidade .
Não existe uma perfeição dos séculos antes de Cristo, nem só do século XV e ainda uma outra do século XX, mas, uma só e que se identifica por ter como finalidade a atingir a virtude , através da qual se deseja e faz para o nosso semelhante o que para nós almejamos e fazemos de melhor .
Prof. Dr. Antônio Lopes de Sá




sexta-feira, 4 de junho de 2010

VOCÊ MERECE LER ISSO

Como neste espaço gosto de dividir coisas interessantes que recebo. Este eu achei bárbaro. É para celebrar a VIDA, leia com carinho aproveitando esse inicio de fim de semana. Diz-se que a autoria é de Regina Brett, 90 anos de idade, em The Plain Dealer, Cleveland , Ohio. ElA escreveu algumas lições de vida  e elas são realmente válidas. Vamos lá:
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros.. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use lingerie chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrica agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você...
26. Enquadre todos os assim chamados “desastres” com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.
Gente...É ou não é muito legal?





quinta-feira, 3 de junho de 2010

MARKETING: ESTRATÉGIAS DE SERVIÇOS AO CLIENTE

Hoje continuamos a nossa série sobre Marketing para Serviços de Contabilidade. É uma pequena parte que extraí da minha dissertação de mestrado. A intenção é mostrar a importância do cliente para as empresas de serviços contábeis.
Do ponto de vista estratégico, há que se considerar o composto de Marketing: produto, preço, distribuição e promoção, estes voltados ao consumidor. E aqui o consumidor é o cliente, este é o objetivo da organização, segundo Cobra e Zwarg: “o objetivo do serviço deve ser sempre o cliente. E é por esta razão que uma empresa de serviços deve paradoxalmente prestar bons serviços. Ou seja, não basta vender um serviço, é preciso assistir ao cliente ou ao usuário para que ele possa ter satisfação com a venda ou uso do serviço, dependendo do enfoque de distribuição ou de uso respectivamente”. Porém, essa não é a regra; muitas empresas de serviços e entre elas também as de serviços contábeis, assistem mal ao seu público, sobretudo porque falta Marketing interno para vender a todos os funcionários, indistintamente, mentalidade ideal do serviço: prestar serviços ao Cliente
Mas afinal, o que é serviço ao cliente? O serviço ao cliente é a execução de todos os meios possíveis de dar satisfação por algo que ele adquiriu. Segundo Cobra e Zwarg: "tantas facilidades quantas forem possíveis, para que ele adquira o serviço ofertado" e, ainda, " tantas satisfações quantas forem possíveis em relação ao serviço adquirido" fazer das necessidades dos clientes o padrão da organização. Oferecer ao cliente um pouco mais do que ele espera receber. O consumidor dos serviços nem sempre sabe o que ele quer, pelo serviço que compra.
Corroborando esse pensamento, Las Casas escreve: "ao consumidor não é suficiente prestar bons serviços. Ele deve perceber o fato" e complementa "aprender o que o consumidor pensa é importante e pode constituir-se em verdadeiro desafio".
A satisfação do consumidor através de serviço depende de um grande número de fatores, objetivos e subjetivos. Dentre outros, os seguintes fatores podem ser motivos de compra por parte do consumidor:
  • qualidade do serviço;
  • benefícios do serviço;
  • avaliação de benefícios;
  • garantia do serviço pelo vendedor;
  • adaptação do serviço às necessidades do utilizador;
  • condições de boa utilização – assistência técnica;
  • treinamento de funcionários e vendedores do cliente.
 O cliente busca os Benefícios do Serviço. Segundo Cobra e Zwarg“o que o consumidor busca no serviço são benefícios. Os consumidores de serviços contábeis, em algumas vezes desconhecem os benefícios do serviço comprado, por isso não o valorizam, pois as pessoas não compram o que os serviços fazem, mas o que elas querem ou esperam que eles façam por elas. Afinal, quando os serviços oferecidos vendem mais?”.
 
 
 
Sobretudo quando as características dos serviços atendem às expectativas de consumo. Quando as funções desempenhadas pelo serviço atendem às necessidades de uso, mas, principalmente, quando os benefícios são identificados corretamente por clientes e usuários. Para isso, é preciso saber como os consumidores estão recebendo os benefícios e se há necessidade de benefícios adicionais a serem proporcionados.