Recomeçando as postagens... Férias prolongadas do blog.. kkk mas acabei de ler esse artigo e tenho que compartilhar pois nós mulheres de repente nos vemos invertendo valores. Nós executivas, mães, esposas, donas de casa, literalmente, a mulher do séc. XXI se
vira nos 30 para dar conta de todas as suas atribuições. E muitas vezes o lado
profissional tem alcançado papel de destaque na nossa rotina. A novela Salve Jorge tem mexido em alguns assuntos importantes. E a mulher que coloca a profissão acima de tudo mexe conosco.Giovanna Antonelli está se destacando
como a durona delegada Helô na novela Salve Jorge. Além de colocar em evidência o tráfico de mulheres e, assim, ajudar
muitas vítimas desse crime, por meio da personagem, ela também coloca em
discussão outro assunto: a mulher workaholic e o seu
relacionamento com a mimada Drika.
De acordo com Ramy Arany, terapeuta comportamental, a mulher workaholic tem uma supervalorização de seu trabalho,
colocando-o como essencial, acima dos valores voltados à família, ao casamento,
aos filhos e também à vida social.
Ela prioriza sua carreira profissional, sua independência financeira e, sobretudo, sua realização e
competência.
"Outro ponto importante é a crença de que seu tempo é ‘pouco’ e que
necessita destiná-lo a sua carreira, sacrificando, assim, outras áreas também
essenciais de sua vida, por exemplo, o desenvolvimento pessoal e
espiritual", pontua a especialista, acrescentando que essa postura pode
ter influência sobre o seu comportamento, resultando em uma tendência à frieza
e ao endurecimento emocional, que, em geral, não fazem parte de sua essência.
A falta de tempo e o comportamento mais durão acabam interferindo
diretamente na relação dessa mulher com os seus filhos, que, em geral, não enxergam o amor maternal
representado pelo cuidado, carinho, atenção etc. Com isso, Ramy acredita que o
maior prejuízo está relacionado à ausência materna, já que, assim, os filhos
passam um maior tempo sem a presença da mãe e tudo o que ela representa.
"Para eles, existe de fato um sentimento de perda. Perda de
companhia, amor e compartilhamento, o que pode promover alguns distúrbios
comportamentais e emocionais. Há muitos que acabam se sentindo rejeitados, não
amados e não especiais. Isso se reflete no comportamento como um todo, tanto no
presente quanto no futuro. O desequilíbrio emocional gerado por essa situação
pode determinar uma série de escolhas difíceis no futuro", explica a
terapeuta comportamental, afirmando que, no caso das meninas especificamente,
pode haver uma interferência na visão do feminino e do que significa ser mulher
e mãe.
No entanto, o prejuízo não é apenas para os filhos, a mulher com esse
estilo de vida também acaba sofrendo. Segundo a especialista, a
"autoculpa" é um problema comum. "Penso que mais difícil do que
se fechar para as ‘áreas femininas’ é se sentir culpada por não ter tempo para
a casa, para o marido e, especialmente, para os filhos. Muitas mulheres se
sentem vítimas de seu próprio ‘sistema de vida workaholic’", destaca.
Segundo a terapeuta grande parte das mulheres-mães workaholic se
queixa de perda emocional. "Em minha experiência não encontrei até agora
nenhuma que se sentia plenamente feliz, pois sempre trazem a consciência de que
profissionalmente são realizadas, mas que nas outras áreas mais pessoais existe
um grande ‘buraco’, um vazio não realizado."
Para evitar esses problemas, o equilíbrio é fundamental. Então, o
primeiro passo é perceber a necessidade de se dedicar aos diferentes aspectos
do dia a dia. "Depois é necessário buscar esse equilíbrio. Por exemplo,
observar a carga horária de trabalho e o tempo para se dedicar aos filhos e,
assim, priorizar certas necessidades domésticas, como escola, lazer etc. Penso
que cada mulher sabe quando a harmonia não acontece, pois as coisas não dão
certo, sejam pequenas ou grandes", afirma a especialista.
Quanto aos filhos especificamente, Ramy diz que a mulher precisa
sustentar sua opção por se tornar mãe e deixar clara a importância disso na sua
vida para si mesma e também para todos que a cercam. "Ser mãe é uma
escolha e ainda é a maior realização pessoal para uma mulher que optou por
isso!", enfatiza.
Ela também destaca o potencial da mulher em se dedicar a várias
atividades. "A mulher é muito capaz de fazer diversas coisas ao mesmo
tempo, por isso, é chamada de ‘multifuncional’. Tem a visão mais focada, ampla
e profunda do que a do homem, conseguindo ver a parte e o todo. Possui uma
grande capacidade de planejamento, por conta de sua visão (parte e todo). Penso
que a mulher precisa ser somente ela mesma e deixar de se masculinizar. É uma
questão de genética e de desenvolvimento focado na força de ser mulher!",
finaliza a terapeuta comportamental.
http.Vila Mulher
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