sábado, 5 de março de 2011

COMO CONTROLAR SEU DINHEIRO

O dinheiro, quando chega, aparece de suadas fontes mas, muitas vezes, se esvai em banalidades, em miudezas e às vezes de maneiras misteriosas, por assim dizer, já que não conseguimos apurar onde ele vai parar.  Você relaciona despesas, soma, pesquisa, revisa, e a conta não fecha. É na ponta do lápis que você pode controlar seu dinheiro.
Você não consegue descobrir por que não sobra nada no fim do mês. A causa provável deve ser falta de controle.
Quem não respeita pequenos valores dificilmente juntará grandes fortunas. Não despreze nenhuma oportunidade de ganhar mais, de economizar ou poupar. Lembre-se que é de grão em grão que a galinha enche o papo, que poucas ações de algumas empresas podem ser convertidas em muitas ações de outras e que a poupança começa a ser chamada de riqueza.
Voltemos à questão inicial, sobre a escolha. Se você escolheu poupar, deve saber que isso implicará em fazer sacrifícios. Sacrifícios nos gastos, e dedicação no controle. Não basta controlar apenas as grandes despesas. Muitas vezes, é na somatória dos pequenos gastos, aqueles que normalmente as pessoas não controlam, que reside a grande ameaça, e a grande oportunidade.
Os gastos fixos, como moradia e educação são mais previsíveis e mais fáceis de controlar. O alerta recai, então, sobre os gastos variáveis, como lazer, vestuário e alimentação. Vale a mesma regra, os controles evitam surpresas e propiciam importantes melhorias nos resultados. Portanto, se você escolheu poupar - juntar dinheiro, saiba que no mesmo pacote você está levando um compromisso com os controles, com a necessidade de acompanhar cada despesa e o destino de cada tostão. Manter o controle na ponta do lápis é fundamental. Para obter sucesso na arte de poupar, é preciso contar com instrumentos adequados e atitudes positivas. Algumas posturas firmes são essenciais, principalmente na hora de realização das despesas e investimentos.
É fundamental conhecer as estruturas das receitas e despesas familiares. Não basta conhecer apenas os valores - saber quanto se ganha e quanto se gasta. É preciso conhecer outras variáveis, como a real necessidade de alguma despesa, os preços comparativos de produtos semelhantes, o quanto representa cada item no orçamento doméstico, como tem sido a evolução dos principais itens na cesta familiar, etc.
Confira o extrato bancário e do cartão de crédito semanalmente. Além de facilitar os controles, ajuda a perceber excessos e a descobrir eventuais fraudes - cada vez mais comuns, e adotar as medidas necessárias tempestivamente..
Mantenha o controle, e fique atento especialmente aos seguintes itens:
Receitas (Rendas)- É importante saber quais rendas são regulares ou eventuais. As fontes de recursos mais importantes devem ser priorizadas, mas as complementares também devem ser acompanhadas. Cada centavo é importante. É das receitas que se constituem as riquezas, e são as despesas que acabam com elas.
Despesas - Pelo lado das despesas, o assunto é mais complexo. São diversificados os tipos de gastos e despesas familiares. O ideal é tratá-los por grupamentos, como moradia, alimentação, saúde, lazer, transporte, educação, financeiras, pessoais, etc. Dentro de cada grupamento, deve-se criar subgrupos. Minha sugestão é a criação de novos grupos, sempre que o somatório dos subgrupos atingir 10% das despesas totais.
Investimentos - Lembre-se de primeiro pagar a você mesmo - separe a parcela da poupança. O ser humano tem uma incrível capacidade de adaptação. Adapte-se a viver com menos de 80% da sua renda. Pague-se imediatamente quando receber as receitas (reserve dinheiro para poupança e investimentos). Não permita que seus investimentos fiquem concentrados em um único tipo de ativo. Saiba que diversificar investimentos não significa sair espalhando dinheiro por aí. A diversificação deve ser feita com critérios e em caso de dúvidas, não deixe de buscar auxílio profissional.
Planeje- Crie o hábito de planejar. Avalie se todas as despesas previstas contam com a contrapartida correspondente em tempo hábil. Faça com que suas despesas fiquem limitadas às receitas normais, sem contar com reforços de caixa (empréstimos, investimentos, saldos anteriores, cartão de crédito, ou cheque especial). Programe os vencimentos dos compromissos para depois do recebimento das receitas. Elabore um orçamento doméstico. Não se preocupe se inicialmente aparecer grandes diferenças entre o orçado e o realizado. Faça apenas com que essas diferenças diminuam com o passar dos meses. Antes de realizar qualquer gasto significativo, faça pesquisas de preços. Adote como rotina o salutar hábito de pesquisar preços e condições.

Fonte: Vila Mulher - Álvaro Modernell

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